A palavra empreender vem do latim e literalmente falando significa começar a fazer. Antigamente, ao se iniciar uma faculdade, aquele formando saía em busca de um emprego dentro de uma empresa onde, preferencialmente, esperava nunca mais sair de lá. Hoje, as muitas pessoas que cursam o nível superior e, principalmente quem está se recolocando no mercado, ao invés de entrar em uma nova empresa pensam em criar uma empresa e empreender, ou seja, começar a fazer algo.
Hoje, quando se fala em empreendedorismo vemos pessoas empreendendo e tendo coragem de iniciar seu próprio negócio. Talvez até como uma forma de tentar driblar a economia atual e a alta taxa de desemprego, no entanto, olhando por outra ótica, percebemos que o empreendedorismo é essencial tanto para a renovação como para o crescimento econômico, pois a partir daí criam-se novos bens e serviços de valor para a sociedade.
Mas, é possível nascer empreendedor? De acordo com o especialista em empreendedorismo Fernando Dolabela, na verdade ninguém nasce empreendedor. O empreendedor é um ser social, e assim sendo é fruto da relação constante entre os talentos e características individuais e o meio em que vive.
Vislumbrando novos horizontes chegamos à economia criativa, isto é, algo que no fundo todos nós estamos envolvidos. Como assim? Bom! Qualquer empresa, seja o que chamamos de antiga, analógica ou digital está influenciada por uma transformação gigantesca causada pela internet, pelo digital, pela aceleração das coisas. Toda esta tecnologia é responsável por mudar o nosso interior, ou seja, nos faz estar mais conectados seja usando o smartphone ou descobrindo que podemos ter voz ao criticar / reclamar de uma empresa que não funciona bem e assim exigir nossos direitos como consumidor. Em outras palavras, é ter uma sociedade mais justa e honesta para todos.
Esta economia alcançou uma dimensão tão inesperada que acabou fazendo com que o potencial de geração de renda também fosse aumentado. Para Howkins (2013), “a economia criativa consiste nas transações contidas nesses produtos criativos. Cada transação pode ter dois valores complementares: o valor da propriedade intelectual intangível e o valor do suporte ou plataforma física (se realmente existir algum)”. Com as transformações vivenciadas no mundo de hoje, é preciso entender que se não fizermos aquilo que a gente realmente acredita, o risco daquela profissão escolhida, a verdadeira vocação, aquilo que você gosta de verdade não completar a sua vida é gigantesco e pode fazer você não ter o sucesso que espera.
É preciso considerar que ter emprego, principalmente no momento econômico vivido por todos nos dias de hoje é fundamental, porém, ter prazer no trabalho ao realizar a atividade que escolheu como profissão e se dedica é mais importante. É onde você realmente vai conseguir se realizar e se, monetariamente for possível, melhor.
Segundo o fórum econômico mundial, 65% das crianças que hoje entram no primário vão atuar em profissões que ainda não existem no mercado. Diante disso é hora de mais do que nunca fazermos o que a gente gosta e trabalhar não apenas para ganhar dinheiro e ser feliz somente “financeiramente”. Mais do que nunca é hora de investir em uma profissão que te faça feliz no pessoal também.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOWKINS, John. Economia criativa: como ganhar dinheiro com ideias criativas. São Paulo: Makron, 2013
PATI, Vera. O empreendedor: descoberta e desenvolvimento do potencial empresarial. In: PEREIRA, Heitor J.; SANTOS, Silvio A (Org.). Criando o seu próprio negócio: como desenvolver o potencial empreendedor. Brasília: Sebrae, 1995. p. 41 a 62.
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